quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Pela verdade deveríamos largar tudo

Fui católico por muito tempo. Eu buscava uma verdade para uma vida concreta. Mas a igreja é semelhante a uma mesa farta. Tudo é posto sobre a mesa e a gente não é obrigado gostar de tudo. A verdade e a mentira estão juntas, o amor e o ódio não se separam. O fruto bom e o fruto podre estão juntos, a certeza e a dúvida estão juntas.O sagrado e o impuro estão juntos, a fidelidade e a traição estão juntos. Até aí tudo bem, é só ter um pouco de sabedoria, para separar uma coisa da outra. Mas quando a gente procura a verdade, a mentira chega na frente e quando procuramos o claro da luz, é porque chegamos no escuro. Para que deverei adorar a cruz e um corpo fabricado na indústria? Se eu devo acompanhar aquele que vive. O Cristo vivo me basta, a vida triunfou, vamos juntos, o passado já não importa mais. Para que deverei perder tempo  com figuras mortas, se é a vida que me basta. Preciso de alguém que me responda e viva comigo em todos os momentos. Não preciso de enfeites de paredes, a plenitude da vida é que deve dar sentido ao meu viver. Não é a luz de velas, que irá iluminar o meu viver. É o coração e a mente que precisa ser iluminado. Para que a ideia de santificar os símbolos da igreja, se é o meu corpo que precisa ser santificado? Para que pedir pelo espírito de pentecostes, para que ele volte atuar? Se a vida é atualizada na fé. E o espírito humano é justificado no Cristo vivo. O espírito humano é que precisa ser convertido na fé e na graça de Deus. O espírito humano é um só, atualizado na fé ou largado nas trevas desse mundo. O Espírito Santo só será reconhecido na prática da verdade e na plenitude da vida. Pela doce liberdade, não tenho religião.
                                  Clementino  13/02/19

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