Sou um pobre ancião, depois de tanto trabalho, pois desde criança, por essa vida muito lutei. Hoje sinto orgulho, pela família que tenho. Agora já cansado e surrado pelo tempo. Mas ainda tenho coração e sentimentos, que vem do peito. Conheço a importância que tem a vida e o quanto deve valer os nossos talentos. Por isso eu sinto pena de quem chora. O dia é tão lindo e a vida é maravilhosa. Mas alguém está ferido, por outro foi machucado. Tenho pena de quem sonha, tão longe da realidade. Pois muitos vivem escravizados, sem esperança, sem liberdade e sem salário. Tenho pena de quem acreditou na boa fé e foi enganado, pois a falsidade já entrou em todos os lugares. Tenho pena de quem olha para traz e diz, nada tenho pro futuro, porque, no passado tudo estraguei. Tenho pena de quem se arrepende, quando não tem mais forças para se levantar. Quando o tempo já passou e certos valores, já mais se recuperam. Tenho pena de quem compra e vende salvação, a preço de dízimo, ofertas e vendas de indulgências. Pois o filho do homem, não tinha onde reclinar a cabeça. Tenho pena de quem fecha os olhos, cruza as mãos, usa os joelhos e deixa atrofiar a mente. Pois a conversão do pecador, não vem das rezas, vem da educação da mente. Igual o pão de cada dia, não vem das rezas, vem do trabalho do homem. Pois a prática da vida, vale mais do que as rezas. Isso porque, o homem já é abençoado por Deus, de natureza. Difícil é se comportar e viver como abençoado de Deus.
Clementino Andrioli 25/05/20
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