A mesma natureza, que criou a perfeição das peças que se encaixam. É mesma que, criou os desajustes das peças, que não mais se encaixam. A mesma natureza que criou o amor, em forma de uma rosa encantadora, igual o sorriso encantador da felicidade. É mesma natureza que criou o ódio, em forma de um rosto desfigurado, pelos espinhos da brutalidade humana. Pois a mesma seta que aponta para o infinito, é a mesma que aponta para baixo,e tanto para cima e tanto para baixo, o universo é o mesmo. As mesmas raízes que produz a docilidade do fruto, também produz, o insuportável sabor amargo da vida. A mesma natureza que criou o encanto da luz do dia, também criou o escuro das trevas, no qual as pessoas se perdem. A mesma natureza que criou os momentos prazerosos da vida, é a mesma que criou, as angústias e as desilusões da vida. Pois igual a natureza criou, a alegria pelo gosto de viver, a mesma natureza criou, os gemidos da agonia da morte. Pois igual a natureza criou a verdade salvadora da vida, a mesma natureza manipulou a verdade, a tal ponto, de eu não saber quem sou. A mesma natureza que criou o prazer das riquezas, também criou as tristezas da miséria. A mesma natureza que ascendeu as esperanças dos céus, é a mesma que roubou as esperanças, de quem perdeu-se no escuro das incertezas. Sentir os céus, é sentir-se levado pelas asas do santo espírito. Sentir o inferno, é sentir-se no fundo do abismo, puxado para baixo. A mente humana cria essas coisas e a própria mente, lhe poem a prova.
Clementino Andrioli 01/02/21
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