Você olha uma árvore judiada no relento, com suas parasitas que aparecem com o tempo. Judiada com o calor do sol de verão e agitada pelo vento das tempestades, tem que ser forte pra não tombar. As vezes tu fica encolhida com o forte frio do inverno. As vezes sofrida com o excesso de chuvas e as vezes com sede de orvalhos em suas raízes. Parece mentira pois olhando, não da para acreditar, que os frutos dessa pobre árvore, foi parar no mercado e do mercado, foi parar na mesa de gente rica. passado o tempo da colheita, seus ramos ficam quase sem vida, pois toda sua seiva foi sugada pelos frutos. Se não seria rejeitada pelo seu dono. Árvore cansada sem beleza e sem vigor, contando a sua história ninguém acredita. Diante das dificuldades da natureza, os frutos da vida, é o que tu produziste. Seus ramos cansados ainda se aprumam aos céus, com a esperança de uma nova primavera. Pois florir é um anseio de animação, mas produzir frutos, é um dever. Frutos do amor, frutos da gratuidade, é o mesmo que dizer, frutos da caridade. Pois a árvore produz seus frutos, mas não se serve do mesmo.Suas raízes se espalham pelo chão e seus frutos, se transforma em dinheiro vivo no bolço do seu patrão.Depois de produzir seus frutos, a própria natureza permite, que seus ramos sejam tomados pelas parasitas. Então com a força de uma máquina, seu tronco será decepado e suas raízes arrancadas. Para que o começo de uma nova vida venha ocupar o seu lugar. Vida de minha vida.
Clementino Andrioli 22/09/19
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